Last Updated on 14/11/2024 by Renan Cardarello
Esta é a segunda página tratando do assunto de Marketing Médico. Caso queira saber mais, temos outros artigos comentando sobre o tópico:
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ToggleIntrodução
O marketing médico é uma estratégia fundamental para divulgar serviços de saúde e atrair pacientes, mas, assim como qualquer publicidade no Brasil, ele está sujeito a regras e restrições específicas, especialmente aquelas estabelecidas pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Seguir as regras do marketing médico é essencial para evitar problemas legais e manter uma imagem profissional de credibilidade. Neste artigo, vamos explorar o que não fazer no marketing médico e os principais erros que podem comprometer a imagem de profissionais e instituições de saúde.
Primeiro de Tudo: Entendendo o Motivo de Por que Não Podemos Fugir das Regras
O Conar possui um código de autorregulamentação que estabelece as diretrizes para a publicidade de serviços médicos e de saúde no Brasil. Ignorar ou desrespeitar essas regras pode trazer sérias consequências para os profissionais e empresas do setor.
Algumas das principais punições que o Conar pode aplicar incluem:
- Advertência Pública ou Privada: uma medida para corrigir anúncios que não cumprem os padrões éticos do Conar. Pode ser pública (afetando a reputação) ou privada.
- Suspensão do Anúncio: caso o Conar avalie que a publicidade infringe as normas de maneira significativa, ele pode exigir a suspensão do anúncio.
- Retração Pública: em casos mais graves, é necessário um comunicado reconhecendo o erro, o que impacta negativamente a credibilidade.
- Processo Judicial: o descumprimento das normas do Conar pode resultar em processos que envolvem multas e danos à reputação.
Levando em conta os pontos citados acima, é fundamental conhecer o que não fazer no marketing médico e reconhecer que essas regras são uma forma de proteção para manter a integridade, credibilidade e evitar fraudes dentro do campo da saúde geral, incluindo estética.
Sobre as Regras: Principais Pontos nos Quais se Atentar
O anexo G do código do Conar é um guia específico para profissionais da área da saúde, onde são estabelecidos limites e proibições na publicidade médica. Confira alguns dos principais pontos de atenção:
1. Evitar Promessas de Resultados Garantidos
No marketing médico, não se pode prometer resultados, já que cada tratamento pode ter efeitos diferentes de acordo com o paciente. É proibido afirmar que um tratamento sempre será eficaz, uma vez que isso pode ser considerado propaganda enganosa.
2. Exibir Imagens de “Antes e Depois”
O uso de imagens de “antes e depois” para ilustrar os efeitos de tratamentos ou procedimentos médicos é proibido pelo código do Conar. Esse tipo de conteúdo é visto como sensacionalista e pode levar à criação de expectativas irreais.
3. Publicidade Enganosa sobre Qualificações
A propaganda de títulos e qualificações deve ser verdadeira e comprovada. Utilizar títulos falsos ou exagerados para atrair pacientes é uma prática que infringe as normas do marketing médico e pode resultar em sanções.
4. Sensacionalismo e Exageros
Evitar expressões que exageram os benefícios de um serviço ou tratamento. Frases como “o melhor”, “garantido” e “nunca falha” não são aceitas, pois passam uma impressão sensacionalista que foge da ética profissional.
5. Divulgação de Testemunhos de Pacientes
Os testemunhos de pacientes, mesmo que sejam verídicos, não devem ser usados como parte de anúncios de marketing médico. Isso ocorre porque esses depoimentos podem gerar expectativas que nem sempre são realistas para todos os casos.
6. Não Criar Publicidade Direcionada para Vendas Diretas
O marketing médico não deve focar em uma abordagem agressiva para vendas. A publicidade não deve incentivar diretamente a realização de um tratamento ou procedimento, mas sim fornecer informações de valor e orientar o paciente.
Ações Viáveis, Mas Que Podem Destruir seu Branding
No marketing médico, certas estratégias podem parecer viáveis, mas acabam prejudicando a imagem de profissionais e instituições. Confira as ações que podem causar danos à marca:
1. Excesso de Publicidade Paga Sem Conteúdo Educativo
Focar apenas em anúncios sem oferecer conteúdo educativo gera desconfiança e transmite a imagem de que o profissional está mais preocupado com o lucro do que com o bem-estar do paciente.
2. Divulgação Inadequada nas Redes Sociais
Fazer marketing médico nas redes sociais é uma prática comum, mas deve-se ter cautela. Publicações sensacionalistas ou que exibam procedimentos em detalhes podem ser vistas como antiéticas e afastar potenciais pacientes.
3. Falta de Transparência e Clareza nas Informações
Quando um profissional ou instituição omite informações sobre procedimentos ou esconde potenciais riscos, isso prejudica a confiança do público. Transparência é essencial no marketing médico para que os pacientes se sintam seguros e respeitados.
4. Excesso de Jargões Técnicos
O uso de linguagem excessivamente técnica pode causar distanciamento. Os pacientes precisam entender o que está sendo comunicado. Uma linguagem acessível é fundamental para criar uma relação de confiança.
5. Uso Indiscriminado de Ofertas e Descontos
Oferecer descontos em serviços de saúde pode parecer uma boa estratégia, mas pode ser mal vista, transmitindo uma imagem de falta de profissionalismo. No marketing médico, a confiança e a credibilidade devem ser priorizadas.
Essas práticas, mesmo que bem-intencionadas, podem levar à perda de confiança dos pacientes e à diminuição da autoridade da marca no setor de saúde. Evitar o que não fazer no marketing médico é um passo crucial para garantir uma imagem positiva, sustentável e em constante processo de crescimento.
Cases de Construção de Personal Brand de Forma Correta
A Dra. Ana Escobar e Dr. Drauzio Varella são exemplos notáveis de profissionais de saúde que utilizaram estratégias éticas e eficazes para ampliar sua presença nas redes sociais e dominar assuntos de saúde na SERP do Google.
Dra. Ana Escobar
A Dra. Ana Escobar, pediatra renomada, conquistou significativa visibilidade nas redes sociais ao compartilhar conteúdo educativo de forma e com linguagem acessível e sendo responsável. Sua presença ativa em plataformas como Instagram e YouTube permitiu que ela alcançasse um público amplo, oferecendo orientações sobre saúde infantil, prevenção de doenças e dicas para pais e responsáveis.
Uma de suas estratégias foi a publicação do livro “Meu Filho Tá Online Demais: Equilibrando o Uso das Telas no Dia a Dia Familiar”, que aborda o impacto da tecnologia na educação e convívio infantil. Além disso, a Dra. Ana participa de palestras e entrevistas, como a concedida ao Diario de Pernambuco, onde discute os efeitos do mundo digital na educação e convívio infantil.
Sua abordagem ética e informativa, aliada à utilização de linguagem simples e direta, contribuiu para o aumento de sua credibilidade e engajamento com o público, consolidando-a como referência em saúde infantil no Brasil.
Dr. Drauzio Varella
O Dr. Drauzio Varella, oncologista e divulgador científico, tornou-se uma das principais referências em saúde no Brasil. Sua trajetória na mídia começou com programas de rádio, como o “Espaço Saúde” na Rádio Bandeirantes, onde descrevia doenças e explicava como preveni-las. Posteriormente, passou a comandar quadros no programa “Fantástico”, da TV Globo, abordando temas diversos relacionados à saúde.
Para dominar assuntos de saúde na SERP (página de resultados do motor de busca) do Google, Dr. Drauzio investiu na criação de conteúdo de qualidade e relevância. Seu portal, “Portal Drauzio Varella”, oferece informações claras e seguras sobre saúde, abrangendo desde resfriados até questões sociais. Além disso, mantém um canal no YouTube com vídeos educativos, ampliando seu alcance e engajamento com diferentes públicos.
Sua estratégia inclui a produção de artigos, vídeos e podcasts que abordam temas atuais e de interesse público, utilizando linguagem acessível e fundamentada em evidências científicas. Essa abordagem contribuiu para o fortalecimento de sua autoridade no assunto e para o posicionamento de seu conteúdo nos primeiros resultados de busca relacionados à saúde.
Ambos os profissionais demonstram que, ao investir em conteúdo educativo, ético e de qualidade, é possível ampliar a presença nas redes sociais e dominar assuntos de saúde na SERP do Google, consolidando-se como referências confiáveis para o público.
Conclusão
A prática do marketing médico exige atenção rigorosa às normas e ao código do Conar, evitando o uso de estratégias enganosas e sensacionalistas. Seguir as regras do marketing médico ajuda a fortalecer a confiança do público e a manter a credibilidade de clínicas e profissionais. Ao evitar o que não fazer no marketing médico e investir em práticas éticas e informativas, os profissionais de saúde podem construir uma presença online sólida e confiável, contribuindo para uma melhor experiência para os pacientes.
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